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Investimentos – como garantir os melhores rendimentos

“Em que tipo de aplicação eu devo investir?” Essa pergunta é recorrente e, por incrível que possa parecer, não existe uma fórmula exata, reforçando que o mais importante é saber por que se vai investir, isto é, quais os objetivos que dará para o dinheiro e como se montará uma estratégia para que se poupe dinheiro para investimentos.

investimentos

O suporte da Confirp vai muito além da simples contabilidade

Assim, uma reflexão sobre o papel dos investimentos é imprescindível. Posterior a essa resposta, se chega, finalmente, à outra questão: onde investir? No mercado financeiro, existem diversas opções de aplicação em ativos financeiros com riscos e retornos diferentes. Assim, procure sempre um especialista ou um educador financeiro para orientá-lo nas decisões de aplicações, visando mantê-la de forma segura e rentável.

Para auxiliar nessas escolhas, alguns cuidados são necessários segundo a especialistas em investimentos e diretora da Atlas Investe, Carollyne Mariano, que apontou os principais pontos:

  • Quais são os investimentos que valem a pena neste momento?

Falar em investimentos ideais dependem muito do perfil do investidor e prazo para o investimento.  Títulos públicos são sempre investimentos bem atrativos, que podem te garantir um ganho acima da inflação interessante, que é o caso da NTN-B. Dada a garantia de R$ 250 mil pelo FGC e a isenção de Imposto de Renda, as LCAs e LCIs se tornam um investimento muito interessante, contudo, a aplicação conta com pouca liquidez.

  • Quais os riscos que buscar uma corretora?

A escolha de uma corretora de valores é sempre muito importante, atualmente tivemos alguns casos de corretoras que foram liquidadas pelo Banco Central, por operações irregulares. É sempre bom acompanhar o balanço da corretora escolhida, para não ter surpresas. Ainda que seja sólida, é importante saber que os riscos de seus investimentos não estão na corretora, ela apenas intermedia as transações, o risco está em cada produto que você irá investir. Um bom caminho é buscar pesquisar o histórico da corretora e a qual ela está atrelada e as garantias que possibilita.

Veja alguns pontos a se observar ao escolher entre banco e corretora:

  • Preço: corretora independentes (sem vínculo com bancos) possuem taxas de corretagem e de custódia mais baixas.
  • Atendimento: por disponibilizarem diversos serviços financeiros, os grandes bancos podem faltar em atendimento especializado em investimentos. Na outra ponta, as corretoras independentes, em geral, contam com uma equipe especializada em investimentos.
  • Comodidade: se o investidor preza por comodidade, a corretor do seu banco pode ser uma boa pedida. Nesse caso o investidor foge da burocracia e conta com o benefício de investir sem ter de transferir da conta para a corretora.

Qual risco de uma aplicação? 

De forma geral, o risco de uma aplicação financeira (investimentos) é diretamente proporcional à rentabilidade desejada pelo empreendedor, ou seja, quanto maior o retorno estimado pelo tipo de aplicação escolhida, maior será o risco. Contudo, o investidor poderá não conseguir o retorno prometido ou mesmo perder uma parcela do montante aplicado. É importante conhecer cada aplicação e dados como o nível de risco, retorno, o tempo de aplicação, os tributos e outras despesas que serão cobradas, como, por exemplo, a taxa de administração exigida por fundos de investimentos, tendo em vista que poderão comprometer a rentabilidade dos investimentos. É bom lembrar sempre que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Onde investir? Onde investir o dinheiro poupado é sempre uma decisão difícil, devido à grande quantidade de opções de ativos financeiros existentes no mercado. Mas, indubitavelmente, sempre há ótimas opções de investimento. Veja algumas:

Tipo de investimentos Definição Vantagens Desvantagens
Caderneta de Poupança

 

Investimentos mais tradicionais, conservadores e populares entre os brasileiros, principalmente entre os de menor renda. A rentabilidade é calculada a partir de uma taxa de juros de 0,5% ao mês, aplicada sobre os valores atualizados pela TR (Taxa Referencial), creditada mensalmente na data de aniversário da aplicação.

 

– Liquidez imediata

– Transação de baixo risco. Aliás, investimentos de até R$ 60 mil em uma conta poupança são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito. O que significa que em caso de falência ou liquidação de uma instituição financeira este valor não será perdido.

– Para Pessoas Físicas há isenção de Imposto de Renda.

 

– Por ser uma aplicação altamente conservadora, seu rendimento é menor até mesmo do que outras aplicações conservadoras.

– Não há prazos, mas valores mantidos por menos de um mês não recebem remuneração.

 

 

CDBs e RDBs

 

Os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e RDBs (Recibos de Depósitos Bancários) são títulos de renda fixa que servem como captação de recursos dos bancos. A rentabilidade vem dos juros pagos pela instituição ao cliente pelo empréstimo do dinheiro ao fim do término do contrato. A aplicação inicial varia conforme o banco.  A diferença entre CDB e RDB é que o primeiro permite a negociação do título antes do vencimento (e com isso perda de remuneração) enquanto o segundo é inegociável e intransferível. O resgate pode ser feito a qualquer momento, desde que já se tenha passado o prazo mínimo da aplicação, que varia de 1 dia a 12 meses.

 

– Possibilidade de negociar as taxas de remuneração dependendo do valor investido e por tabela aumentar a rentabilidade do fundo.

– Risco baixo por se tratar de um investimento de renda fixa. Preocupação do investidor deve estar voltada para a solidez financeira da instituição em que ele irá colocar o dinheiro

 

– No caso do RDB, não é possível negociar os papéis.

– Incide Imposto de Renda em função do prazo da aplicação (veja a regressão abaixo). Quanto mais tempo investido, menor a alíquota. Para prazos inferiores a 30 dias, o IOF (Imposto sobre operações financeiras) também será cobrado

 

Títulos públicos

 

Títulos públicos são aqueles emitidos pelas esferas de governo  com o objetivo que conseguir dinheiro para financiar atividades nas áreas de educação, saúde e infraestrutura, além do pagamento da dívida pública. Há diversos tipos de títulos com diferentes prazos e rentabilidade, desde juros prefixados até pela taxa Selic. Tesouro Direto – Hoje em dia, é possível comprar títulos públicos federais do Tesouro Nacional pela Internet ou então por meio dos Agentes de Custódia, as instituições financeiras que podem operar o Tesouro Direto. A aplicação inicial é variável conforme o tipo de título público. – Melhor rentabilidade entre os investimentos de baixo risco

– O próprio investidor, pela internet, pode administrar e tem maior controle sobre sua carteira de investimento

– Pelas possibilidades de investimento, é possível ter uma carteira diversificada quanto a prazos e rentabilidade

– Liquidez garantida pelo Tesouro Nacional

 

– A garantia da rentabilidade acordada na hora do investimento diz respeito apenas ao dia de seu vencimento.

– Além da tributação do Imposto de Renda e do IOF (para aplicações com prazo inferior a 30 dias), o investidor terá outros custos. Ao comprar o título é cobrada uma taxa de negociação de 0,10% sobre o valor da operação. Dentre outras taxas

– É preciso realizar uma aplicação inicial mínima de 20% do preço do título a ser comprado, aproximadamente R$ 100.

Ações

 

Comprar ações de uma empresa com capital aberto (as Sociedades Anônimas, ou S.A) é, na prática, tornar-se um de seus sócios. Existem dois tipos de ações, as preferenciais (PN), em que o investidor tem preferência no pagamento dos dividendos (a parcela do lucro) de uma empresa ou ordinária (ON) dá direito a voto ao acionista, porém, ficam em “segundo plano” na hora da distribuição dos dividendos. Ações são investimentos de alto de risco. É preciso ter “sangue frio” para enfrentar possíveis crises do mercado financeiro e não se desesperar ao ver seu patrimônio se desvalorizando. É por essa razão que é mais indicada para investimentos a longo prazo.

 

Por se tratar de um investimento de renda variável, a rentabilidade deste tipo de investimento tende a ser maior

Não existe valor mínimo para investir em ações. É possível investir na bolsa com até mesmo R$ 1, apesar de este “mínimo” valor não ser indicado por conta dos custos

Graças à popularização desta modalidade de investimento, é possível encontrar muitas informações sobre o assunto antes de realmente começar a aplicar o seu dinheiro. O site da BM&FBovespa, a principal bolsa de valores do país, possui um simulador

Possibilidade de investir nas ações de mais de uma empresa e de diferentes tipos de liquidez

 

Ao mesmo tempo em que permite um rendimento maior, a renda variável deixa o investidor sujeito a maiores riscos e perdas, inclusive do patrimônio investido em caso de ter de vender as ações em baixa
Mercado financeiro é instável e pode mudar a qualquer momentoHá custos de corretagem para cada operação realizada e que variam de corretora para corretora, taxa de custódia e taxa de emolumentos. Além disso há incidência de Imposto de Renda: uma pequena parte (0,005%) é retido na fonte e o restante (14,995%) sobre os ganhos líquidos na venda ou liquidação da ação deve ser recolhido pelo investidor todo mês. Quem vende até R$ 20 mil por mês no mercado à vista está isento de IR.
Fundo de Investimentos

 

Fundos de Investimento reúnem em um condomínio diversos investidores (pessoa física ou jurídica) que compram cotas de ações e são regidos por um regulamento. Todos os recursos são destinados a comprar esses títulos, na proporção de seus investimentos.

Os fundos podem ser abertos, em que é permitida a entrada de novos cotistas, a saída de antigos ou aumento de participação; e também fechados, em que não há entrada ou saída de investidores e não é possível realizar o resgate antes do encerramento do fundo. Geralmente os fundos abertos existem por tempo indeterminado.

Fundos de ações são também chamados de fundos de renda variável. No mínimo 67% do patrimônio do fundo é investido em ações negociadas em bolsa ou mercado de balcão organizado.

 

– Investidores com perfis semelhantes podem unir recursos para aumentar o poder de negociação

– Expectativa de rentabilidade elevada

– Possibilidade de diversificar o investimento em cotas ações de mais de uma empresa

– Não requer tanto estudo e atualização (acompanhamento de mercado) como na aplicação direta em ações

 

Paga-se no mínimo 15% de Imposto de Renda sobre o lucro obtido e não há limite de isenção

Paga-se taxa de administração e, eventualmente, taxa de performance, taxa de ingresso e taxa de saída. Há também despesas com corretagem, custódia, liquidação financeira de operações e de auditoria

Investimento de alto risco, entre eles a variação do preço dos títulos – a oscilação pode tanto beneficiar como prejudicar o investidor

Falta de autonomia na hora de decisão sobre o quê e como investir

 

Previdência Privada

 

A previdência privada é um modelo de aposentadoria não ligado INSS, podendo escolher o valor da contribuição e a periodicidade em que ela será feita. No momento em que é escolhido um plano, é importante estar atento à forma de cobrança de impostos. Independentemente do plano, existe a opção por duas formas de tributação. Uma delas é a tabela regressiva, que favorece o resgate do dinheiro de uma só vez. A outra forma é a tabela de impostos progressiva, mais vantajosa para aquelas pessoas que querem receber a quantia investida em forma de parcelas mensais e não resgatar o dinheiro todo numa só parcela.
São dois os tipos
:
Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) – É recomendado para pessoas com renda mais alta, pois o valor pago ao plano pode ser abatido no Imposto de Renda (desde que esse valor represente até 12% de sua renda bruta anual). Porém, quando o dinheiro é sacado, o imposto pago é referente ao total que havia no fundo. Por exemplo, se esse valor for de R$ 500 mil, o imposto será cobrado sobre ele.
Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) – Sua diferença para o PGBL é que ele não pode ser abatido no Imposto de Renda. Porém, quando o dinheiro é sacado, o imposto cobrado é referente ao que o dinheiro investido rendeu. Por exemplo, se a quantia que há é de R$ 500 mil, mas o rendimento que houve ao longo do plano foi de R$ 200 mil, o imposto cobrado será referente a este último valor. Esse plano é indicado para pessoas que têm renda menor e que, por isso, declaram imposto nos formulários simplificados ou nem declaram imposto.
Dedução no IR (de 12% da renda anual) no caso dos planos PGBL

No caso dos planos VGBL, a tributação do IR se dá apenas no rendimento deste plano e não no montante aplicado, como ocorre no PGBL

Poupança “forçada” para a aposentadoria do investidor

É possível resgatar o investimento antes de seu prazo final

Opção de, ao término do período de pagamento, resgatar todo o investimento feito ou então mensalmente

Investimento é garantido pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro e previdência privada. Caso a empresa decrete falência, os investimentos feitos nela podem passar para outra instituição, o que diminui um pouco os riscos desta atividade.

É possível migrar o plano de previdência para outra empresa, desde que seja a mesma categoria

Beneficiário do plano não precisa ser necessariamente o investidor

Na hora do resgate de planos PGBL, o imposto pago é sobre o total investido

É cobrada taxa de administração, além de carregamento (aporte de recurso) ou saída (resgate) dependendo da instituição em que o seguro foi contratado. Isso deve ser levado em consideração para saber se vale a pena o investimento frente aos rendimentos desta aplicação

 

Câmbio Existem três formas de se investir em câmbio. A primeira dela são os fundos cambiais. A rentabilidade deste tipo vem da variação cambial do dólar. Só não exatamente igual a esta variação por conta dos descontos de taxa administrativa, Imposto de Renda e IOF, quando o resgate for feito antes de 30 dias.

A segunda é por meio de minicontratos de mercado futuro, atrelados a variação do dólar. O terceiro e mais arriscado modo é o Forex ( sigla em inglês para câmbio estrangeiro), que a grosso modo é um jogo de câmbio entre várias moedas do mundo (e não apenas na relação Real x Dólar, como nos outros casos).

 

Possibilidade de altos rendimentos

Investimento dinâmico e, por isso, de curto prazo

 

Investimento de alto risco. Lembre-se, quando uma ponta do negócio está ganhando muito, provavelmente a outra está perdendo

Está sujeito à variação do câmbio

Incidência de Imposto de Renda e IOF

É preciso estar atualizado frente às políticas cambiais dos países e entender sobre economia e mercados

 

LCI e LCA Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou Letras de Crédito Agrícola (LCA) – é um ativo financeiro de renda fixa garantido por um bem imóvel e que rende aos aplicadores juros e atualização monetária.

Estes dois títulos são muito parecidos. A diferença está no destino que o seu dinheiro terá dentro do banco. Ao investir em LCA o banco destinará os recursos para o financiamento do agronegócio. Quando investido em LCI serão direcionados para os financiamentos habitacionais ou créditos que utilizam imóveis como garantia de pagamento.

Os bancos costumam oferecer LCI e LCA com rentabilidade pós-fixada. Isto significa que você só saberá a rentabilidade ao fim da aplicação.

 

Proporciona o pagamento de juros elevados ao aplicador.

Acima da maioria das aplicações

É vantajoso pois tem a isenção total de IR para pessoas físicas.

O mecanismo que oferece segurança para os investimentos em poupança é exatamente o mesmo que garante a LCI e a LCA.

A maior desvantagem é o valor mínimo que as instituições exigem para o investimento inicial em LCI e LCA. Isto acaba deixando o pequeno investidor de fora até que consiga recursos suficientes para o seu primeiro investimento.

Outro problema da LCI e da LCA é o prazo mínimo para resgate. Antes de investir você já fica sabendo quando poderá resgatar o dinheiro. Todo LCI e LCA possui uma data de vencimento. Na maioria das vezes você não pode resgatar seu dinheiro antes deste prazo que costuma ser entre 1 e 2 anos.

 

Fundos Referenciados DI Os fundos DI ou Fundos Referenciados DI são fundos pós fixados que investem, no mínimo, 95% do seu patrimônio em Títulos Públicos atrelados à SELIC. Os 5% restantes são aplicados em fundos de curto prazo. Fundos DI são considerados investimentos bastante seguros, já que não aplicam em ativos de risco, contudo, dificilmente alcançam rentabilidade acima de 100% do CDI.

Os fundos DI têm rendimento diário e permitem resgates de recursos a qualquer momento.

Uma variável que deve ler levada em consideração quando se pretende investir neste tipo de fundo é a taxa de administração. Quanto maior for a taxa, menor o rendimento líquido. As taxas variam de fundo para fundo e de banco para banco.

 

Debênture A debênture é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora. Desta forma, a debênture é um título de crédito privado em que os debenturistas são credores da empresa e esperam receber juros periódicos e pagamento do principal – correspondente ao valor unitário da debênture – no vencimento do título ou mediante amortizações nas quais se paga parte do principal antes do vencimento, conforme estipulado em um contrato específico chamado “Escritura de Emissão”.

 

As debêntures têm sido emitidas com taxas de juros mais baixas que as cobradas nos financiamentos bancários e em securitização.
As debêntures não precisam estar ligadas a um empreendimento específico, ainda que isso não seja aplicável a este estudo, já que sempre há aqui um empreendimento build-to-suit a ser estruturado. 
Os prazos para pagamento são cada vez mais longos, sendo que algumas operações podem superar 20 anos.
Se for enquadrada como debênture de infraestrutura, há isenção de tributos para o portador do título.
Os custos de emissão de debêntures são altos.
A empresa emissora deve ser uma S.A., o que inviabiliza a emissão pelas SPEs limitadas de lucro presumido, geralmente usada para desenvolver empreendimentos build-to-suit.
Pode haver descasamento entre os valores pagos como parcelas do financiamento e os aluguéis recebidos. Como as parcelas são pré-fixadas e os aluguéis podem variar (ainda que se mitigue esse risco com cláusula de recusa de ações revisionais), há a possibilidade de retração nos índices de reajuste.

 

Conclusão

Todas essas linhas de investimentos possuem seus pontos negativos e positivos que dependerão da situação e objetivo do investidor. Mas o melhor caminho para quem decide mudar de vida para se tornar um poupador é buscar educação financeira antes de qualquer ação.

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